Fico sempre impressionado ao ler o Livro do Profeta Daniel, quanto à consagração dos quatro jovens judeus, que se mantiveram fiéis a Deus mesmo em meio às adversidades; onde muitos se revoltariam e virariam as costas para Deus, deixando de dar-Lhe crédito, os quatro, Daniel, Azarias, Misael e Hananias, se firmaram ainda mais pela fé no Senhor.
Deus colocou os rapazes na corte inimiga, cativos, foram adestrados para trazer condições e maiores conhecimentos a seus conquistadores, afim de que estes tivessem maiores condições de dominar os judeus. Os quatro não olharam para a situação adversa, mantendo os olhos somente em Deus, em Sua fidelidade e vontade revelada pelas sagradas escrituras. Onde a maioria esmoreceria, os quatro se firmaram, porque criam acima de tudo que Deus continuava no controle de tudo, inclusive de suas vidas.
Me impressiona também o sonho de Nabucodonosor e a interpretação trazida por Daniel que recebeu de Deus a revelação do sonho, sem que o rei lhe tivesse contado nada.
O rei sonhou com uma imagem cuja cabeça era de ouro, os ombros, peito e braços de prata, ventre e quadril de bronze, pernas de ferro, pés e dedos e ferro e barro, e Daniel lhe revelou que Deus estava falando do tempo futuro a partir de seu reino babilônico que era a cabeça de ouro, viriam outros reinos, que hoje sabemos: peito e braços de prata, os Medo-Persas; ventre e quadril de bronze: Grego-Macedonio; pernas de ferro, Ptolomeus (Egito e Celessíria) e Seleucidas (Síria) – Reinos nascidos da divisão dos Grego-Macedônios, que dominaram a região; por fim os pés de ferro e barro – Império Romano, sobre o qual cai a Pedra que Deus cortou e que se tornou em um reino eterno (Cristo Jesus) – Daniel 2.
Mais impressionado fico ao ver que após a revelação de Daniel, ao invés de buscar o Deus de Daniel, o rei Nabucodonosor faz para sí uma imagem (talvez inspirada no sonho), e a elege como alvo obrigatório de adoração em toda a Babilônia, elevando-se assim não mais como o rei de reis, mas agora o rei de seu próprio Deus, ou o Deus de seu próprio reino.
Como Nabucodosor, muitos criam para sí mesmos seus ídolos, ou centros de exaltação a sí mesmos, exigindo de todos ao redor que se curvem diante da grandeza por eles estabelecida. Loucura!
Devemos ser como Daniel, Hananias, Misael e Azarias, focados e humildemente consagrados a Deus, e só a ele, mesmo que o preço a ser pago por isso seja aparentemente muito alto. Por que? Porque Deus continua sendo Deus, continua sendo o único Senhor, continua sendo o nosso Deus, fiel. Porque Deus é o único que assim como fez a Hananias, Misael e Azarias, livrando-os e exaltando-os ao enviar o quarto homem na fornalha, como refrigério, nos enviou a Jesus para esfriar todo o inferno, retirando-nos dele porque ele não é o nosso lugar, mas sim o centro de Sua vontade.
Que Deus seja o centro de nossa fiel devoção em meio a qualquer adversidade. Em nome de Jesus, eu oro!