Fonte – Manual da Igreja do Nazareno
A Vida Cristã. A igreja proclama alegremente as boas novas de que podemos ser libertos de todo o pecado para uma nova vida em Cristo. Pela graça de Deus, nós cristãos devemos “despojar-nos do velho homem” — os velhos padrões de conduta, bem como a velha mente carnal — e “revestir-nos do novo” — um novo e santo modo de viver, bem como a mente de Cristo (Efésios 4.17-24). A Igreja do Nazareno pretende transmitir à sociedade contemporânea princípios bíblicos atemporais, de tal modo que as doutrinas e pactos da igreja sejam conhecidas e compreendidas em muitas terras e numa variedade de culturas. Sustentamos que os Dez Mandamentos, como reafirmados no Novo Testamento, constituem a ética cristã básica e devem ser em tudo obedecidos Também reconhecemos que há valor no conceito da consciência cristã coletiva iluminada e dirigida pelo Espírito Santo. A Igreja do Nazareno, como expressão internacional do Corpo de Cristo, está consciente da sua responsabilidade de buscar meios de particularizar a vida cristã de modo a conduzir a uma ética de santidade. Os padrões éticos históricos da igreja são expressos, em parte, nos números seguintes. Devem ser observados cuidadosa e conscientemente como diretrizes e ajuda no viver santo. Os que violam a consciência da igreja fazem-no para seu perigo e prejudicam o testemunho da igreja. Adaptações devidas a diferenças culturais devem ser referidas à Junta de Superintendentes Gerais e por ela aprovadas. A Igreja do Nazareno crê que este novo e santo modo de viver envolve prática que devem ser evitadas e atos redentores de amor a serem realizados em prol das almas mentes e corpos do nosso próximo. Uma arena redentora de amor envolve o relacionamento especial que Jesus teve, e ordenou que os seus discípulos tivessem, para com os pobres deste mundo; e que a sua Igreja deve, primeiramente, manter se simples e livre de uma ênfase em riqueza e extravagância e, em segundo lugar, dar-se a si mesma ao cuidado, na alimentação, no vestir, e no abrigo dos pobres e marginalizados. Por toda a Bíblia e na vida e exemplo de Jesus, Deus identifica-se com os pobres, oprimidos e aqueles na sociedade que não podem falar por si mesmos. Do mesmo modo, nós, também, somos chamados a identificar nos e solidarizar-nos com os pobres. Sustentamos que o ministério de compaixão ao pobre inclui atos de caridade bem como um esforço por prover oportunidades, igualdade, e justiça para os pobres. Ademais, cremos que a responsabilidade cristã a favor do pobre é um aspecto essencial da vida de todo o crente que busca uma fé que opera pelo amor. Cremos que a santidade cristã é inseparável do ministério ao pobre e que ela leva o crente para além da sua perfeição individual, no sentido da criação de uma sociedade e um mundo mais justos e equitativos. A santidade, longe de distanciar os crentes das necessidades econômicas desesperadoras das pessoas neste mundo, motiva-nos a empregar os nossos recursos ao serviço de aliviar tais necessidades, e a ajustar os nossos desejos às necessidades de outros. (Êxodo 23.11; Deuteronômio 15.7; Salmos 41.1; 82.3; Provérbios 19.17;21.13; 22.9; Jeremias 22.16; Mateus 19.21; Lucas 12.33; Atos 20.35; 2 Coríntios 9. 6; Gálatas 2.10) Ao enumerar as práticas que devem ser evitadas, reconhecemos que nenhum catálogo, por mais completo que seja, pode pretender abarcar todas as formas do mal através do mundo. Portanto, é imperativo que a nossa gente procure encarecidamente a ajuda do Espírito para cultivar uma sensibilidade para com o mal que transcenda a mera letra da lei; recordando a admoestação: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda a forma de mal” (1 Tessalonicenses 5.21-22). Espera-se que os nossos líderes e pastores dêem grande ênfase nos nossos periódicos e dos nossos púlpitos a verdades bíblicas fundamentais que desenvolvam a faculdade de discernir entre o bem e o mal. A educação é de maior importância para o bem-estar social e espiritual da sociedade. O mandato das escolas públicas é de educar a todos. Contudo, estas são limitadas no que respeita ao seu alcance e, na verdade, mesmo proibidas por regulamentos judiciais de ensinar os elementos básicos do Cristianismo. Organizações e instituições educativas nazarenas, tais como Escolas Dominicais, escolas (creche até à secundária), centro de cuidado à criança, centros de cuidado a adultos, faculdades e seminários, têm por alvo ensinar os princípios bíblicos e os padrões éticos a crianças, jovens e adultos, de tal modo que as nossas doutrinas possam ser conhecidas. Esta prática pode ser exercida em vez de ou em adição às escolas públicas que, frequentemente, ensinam o humanismo secular e negligenciam os princípios respeitantes a um viver santo. A educação proporcionada pelas escolas seculares deve ser complementada no lar pelo ensino da santidade. Os cristãos devem também ser estimulados a trabalhar em instituições públicas e com elas, de modo a testificar e a influenciar as ditas instituições para o reino de Deus (Mateus 5.13-14).
Sustentamos especificamente que as seguintes práticas devem ser evitadas:
Diversões que Subvertam a Ética Cristã. O nosso povo, tanto individualmente como em unidades de famílias cristãs, deve reger-se por três princípios.
1º. A mordomia cristã do tempo livre.
2º. O reconhecimento do dever cristão de aplicar à família cristã os mais elevados padrões morais de vida cristã. Porque vivemos em dias de grande confusão moral, em que enfrentamos a possível intromissão dos males atuais nos recintos sagrados dos nossos lares através de diferentes meios, como a literatura popular, rádio, televisão, computadores de uso pessoal e a Internet, é essencial que observemos as mais rígidas salvaguardas para evitar que nossos lares se tornem secularizados e mundanos. Contudo, sustentamos que o entretenimento que apoia e estimula o viver santo e afirma valores bíblicos deve ser endossado e encorajado. Estimulamos, especialmente, os nossos jovens a que usem seus dons no campo da mídia e das artes para influenciar positivamente esta parte infiltradora da cultura.
3º. O dever de testificar contra tudo quanto trivialize ou blasfeme contra Deus, bem assim males sociais como violência, sensualidade, pornografia, profanidade e o ocultismo, conforme apresentados por e através de indústrias comerciais de diversão em suas inúmeras formas, e empenhar-se na extinção de empresas conhecidas como patrocinadoras deste tipo de diversões. Isto incluirá evitar todos os tipos de diversão e produções de mídia que produzem, promovem ou focam o violento, o sensual, o pornográfico, o profano ou o ocultismo; ou que espelham ou embelezam a filosofia mundana de secularismo, sensualismo e materialismo, e assim corroem os padrões divinos de santidade de coração e vida. Isto torna necessário o ensino e a pregação destes padrões morais da vida cristã, e que o nosso povo seja instruído no uso de discernimento, em oração, na escolha contínua do “alto caminho” do viver santo. Por isso, exortamos nossos líderes e pastores a que dêem ênfase vigorosa, nos nossos informativos e nos nossos púlpitos, a verdades fundamentais que venham a desenvolver o princípio da discriminação entre o bem e o mal que se encontram nesses meios de comunicação. Sugerimos que o padrão dado a João Wesley por sua mãe forme as bases deste ensino de discriminação. Nomeadamente: “Tudo que enfraqueça a tua razão, diminua a sensibilidade da tua consciência, obscureça a tua percepção de Deus ou atenue o teu gosto pelas coisas espirituais, tudo que aumente a autoridade do teu corpo sobre a mente, essa coisa para ti será pecado”. (33.2-33.4, 903.12-903.14) (Romanos 14.7-13; I Coríntios 10.31-33; Efésios 5.1 18; Filipenses 4.8-9; I Pedro 1.13-17; 2 Pedro 1.3-11) Loterias e outras formas de jogos de azar, quer sejam legais ou ilegais. A igreja sustenta que o resultado final destas práticas é nocivo tanto ao indivíduo como à sociedade (Mateus 6.24-34; 2 Tessalonicenses 3.6-13; 1 Timóteo 6.6- 11; Hebreus 13.5-6; 1 João 2.15-17). Organizações como a Maçonaria e Rosa Cruz. A natureza quase religiosa de tais organizações dilui a lealdade do cristão, e o caráter secreto delas opõe-se ao seu testemunho público. Este assunto será considerado em conjunto com o parágrafo 112.1 no que diz respeito à membresia de igreja. (1 Coríntios 1.26-31; 2 Coríntios 6.14—7.1; Efésios 5.11-16; Tiago 4.4; I João 2.15-17). Todas as formas de dança que distraem do crescimento espiritual e tendem a quebrar a devida reserva moral e inibição (Mateus 22.36-39; Romanos 12.1-2; 1 Coríntios 10.31 33; Filipenses 1.9-11; Colossenses 3.1-17). O uso, como bebida, de líquidos embriagantes, ou o seu comércio; exercer influência ou votar a favor da existência de lugares para a venda de tais bebidas; o uso de drogas ilícitas ou o seu comércio; o uso do tabaco, em qualquer das suas formas, ou o seu comércio. À luz das Escrituras Sagradas e da experiência humana quanto às consequências nocivas do uso do álcool como bebida, e à luz de apuramentos da ciência médica quanto ao efeito detrimento tanto do álcool como do tabaco ao corpo à mente, como uma comunidade de fé empenhada no alcance duma vida santa, a nossa posição e prática é a abstinência, em vez de moderação. As Escrituras Sagradas ensinam que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Com amorosa atenção a nós e a outros, pedimos ao povo abstinência total de todos os intoxicantes. Além disso, a nossa responsabilidade social cristã leva-nos a usar quaisquer meios legítimos e legais para minimizar a disponibilidade a outros quer de bebidas alcoólicas quer do tabaco. A vasta incidência do abuso do álcool no nosso mundo exige que assumamos uma posição que se afirme como testemunho a outros. (903.12- 903.14) (Provérbios 20.1; 23.29—24.2; Oseias 4.10-11; Habacuque 2.5; Romanos 13.8; 14.15-21; 15.1-2; I Coríntios 3.16-17; 6.9-12, 19-20; 10.31-33; Gálatas 5.13-14, 21; Efésios 5.18) (Somente vinho não fermentado deve ser usado no sacramento da Ceia do Senhor.) (413.11, 427.7, 428.2, 429.1, 802) O uso, sem prescrição médica, de alucinógenos, estimulantes e sedativos, e o mau uso ou abuso de medicamentos obtidos regularmente com prescrição. Somente por conselho médico competente e sob vigilância clínica devem tais drogas ser usadas (Mateus 22.37-39; 27.34; Romanos 12.1- 2; I Coríntios 6.19-20; 9.24-27.
Casamento e Divórcio e/ou Dissolução do Casamento
A família cristã, unida num laço comum por Jesus Cristo, é um círculo de amor, comunhão e adoração, que deve ser cultivado encarecidamente numa sociedade em que os laços familiares são facilmente dissolvidos. Solicitamos aos pastores e líderes e as congregações da nossa igreja ao ensino e práticas que fortalecerão e desenvolverão os laços familiares. Em especial, pedimos que os nossos ministros que enfatizem importância ao ensino e à pregação do plano bíblico da permanência do matrimônio. A instituição do casamento foi ordenada por Deus no tempo da inocência do homem e é, segundo a autoridade apostólica, “digna de honra entre todas as pessoas”; é a união mútua de um homem e de uma mulher para comunhão, auxílio e propagação da raça. O nosso povo deve prezar este estado sagrado, como convém a cristãos, e contrair matrimônio somente depois de oração sincera para que lhe seja dada direção divina e após a certeza de que a união pretendida está em conformidade com as exigências das Escrituras. Deve buscar sinceramente as bênçãos que Deus ordenou em relação ao estado do matrimônio, nomeadamente, um santo companheirismo, paternidade e amor mútuo—os elementos de edificação do lar. O contrato de casamento é moralmente obrigatório enquanto ambos os cônjuges viverem e quebrá-lo é uma violação do plano divino da permanência do casamento. (Génesis 1.26-28, 31; 2.21 24; Malaquias 2.13-16; Mateus 19.3-9; João 2.1-11; Efésios 5.21—6.4; 1 Tessalonicenses 4.3-8; Hebreus 13.4) Segundo o ensino bíblico, o casamento é um compromisso mútuo do homem e da mulher, por toda a vida, refletindo o amor sacrificial de Cristo pela Igreja. Como tal, o casamento foi instituído sob a intenção de ser permanente, sendo o divórcio uma infração clara do ensino de Cristo. Tais infrações, entretanto, não se acham para além da graça perdoadora de Deus, quando buscada com arrependimento, fé e humildade. Reconhecemos que alguns tiveram de se sujeitar a um divórcio contra a sua própria vontade ou foram compelidos a este recurso para a proteção legal ou física. (Génesis 2.21-24; Marcos 10.2-12; Lucas 7.36-50, 16.18; João 7.53-8.11; 1 Coríntios 6.9-11; 7.10-16; Efésios 5.25-33) Instruem-se os ministros da Igreja do Nazareno a que dêem cuidadosa atenção a assuntos respeitantes à celebração de matrimônios. Nesta regra, o significado de “divórcio” deve incluir “dissolução de casamento” quando usado como um substituto legal para divórcio. Devem os ministros procurar, de toda a maneira possível, transmitir às suas respectivas congregações o conceito de que o matrimônio cristão é sagrado. Deverão oferecer aconselhamento pré-matrimonial sempre que possível, antes de celebrar uma cerimônia matrimonial, incluindo orientação espiritual adequada àqueles que tiveram a experiência do divórcio. Só deverão solenizar o matrimônio de pessoas que tenham bases escriturísticas para o casamento. (107-107.1) Exortamos os membros da Igreja do Nazareno que se vejam envolvidos em infelicidade conjugal a buscarem com muita oração um curso redentor de ação, em plena harmonia com os votos feitos e o ensino claro das Escrituras, tendo por alvo preservar o lar e salvaguardar o bom nome de Cristo e sua Igreja. Os casais que estejam tendo sérios problemas matrimoniais devem buscar o conselho e a orientação do seu pastor e/ou de quaisquer outros líderes espirituais apropriados. O não cumprimento destas instruções, em boa fé e com um desejo sincero de encontrar uma solução cristã, e a subsequente busca de um divórcio e, depois, contrair um novo matrimônio, resultará em que um dos cônjuges ou ambos fiquem sujeitos à possível disciplina prevista no parágrafo 504-504.2 e 505-505.12. Devido à ignorância, ao pecado e às fraquezas humanas, há muitas pessoas na nossa sociedade que ficam aquém do plano divino. Cremos que Cristo pode redimir estas pessoas, tal como procedeu com a mulher junto ao poço de Samaria, e que o pecado contra o plano de Deus para o casamento não situa a pessoa fora da graça perdoadora do evangelho. Onde houve dissolução do casamento e ocorreu novo matrimônio, exorta-se aos que assim se casaram a que busquem a graça de Deus e sua ajuda redentora no relacionamento matrimonial. Tais pessoas poderão ser recebidas na membresia da igreja quando tiverem dado evidências da sua regeneração e de que agora têm compreensão da santidade do matrimô- nio cristão. (27, 107.1)
ABORTO E PESQUISA COM CÉLULAS TRONCO
A Igreja do Nazareno acredita na santidade da vida humana e esforça-se por proteger contra as práticas de aborto, pesquisa de células estaminais (células tronco) em embriões humanos, eutanásia e a negação do necessário tratamento médico aos fisicamente incapacitados e aos idosos.
Aborto Induzido
A Igreja do Nazareno afirma a santidade da vida humana como estabelecida pelo Deus Criador, e crê que essa santidade se estende à criança que ainda não nasceu. A vida é uma dádiva de Deus. Toda a vida humana, incluindo a que está em desenvolvimento no útero materno, é criada por Deus à sua imagem e, portanto, é para ser nutrida, cuidada e protegida. A partir do momento da concepção, a criança é um ser humano com o desenvolvimento de todas as características da vida humana e esta vida depende totalmente da mãe para a continuidade do seu desenvolvimento. Por isso, acreditamos que a vida humana necessita ser respeitada e protegida a partir do momento da sua concepção. Opomo-nos ao aborto induzido por qualquer meio, por conveniência pessoal ou controle populacional. Opomo-nos a leis que permitem o aborto. Cientes de que há condições médicas raras, porém reais, em que a mãe ou a criança por nascer, ou ambas, não poderiam sobreviver à gravidez, o término da gravidez só poderá ser feito após aconselhamento médico e cristão adequados. Oposição responsável ao aborto exige a nossa consagração ao início e apoio a programas designados a prover cuidados adequados para mães e crianças. A crise de uma gravidez indesejada compele a que a comunidade de crentes (representada apenas por aqueles a quem seja apropriado o conhecimento da crise) ofereça um contexto de amor, oração e aconselhamento. Em tais casos, o apoio poderá tomar a forma de centros de aconselhamento, casas para mulheres grávidas e a criação ou utilização de serviços cristãos de adoção. A Igreja do Nazareno reconhece que considerações dadas ao aborto como meio de terminar uma gravidez indesejada muitas vezes ocorrem porque se ignoraram princípios cristãos da responsabilidade sexual. Assim, a Igreja apela a que as pessoas pratiquem a ética do Novo Testamento no que se refere à sexualidade humana, e a que tratem a questão do aborto situando-a no seu contexto mais vasto de princípios bíblicos que oferecem orientação quanto a como fazer-se decisão moral. Génesis 2.7, 9.6; Êxodo 20.13; 21.12- 16, 22-25; Levítico 18.21; Jó 31.15; Salmo 22.9; 139.3-16; Isa- ías 44.2, 24; 49.5; Jeremias 1.5; Lucas 1.15, 23-25, 36-45; Atos 17.25; Romanos 12.1-2; 1 Coríntios 6.16;7.1 e seguintes; 1 Tessalonicenses. 4.3-6) A Igreja do Nazareno também reconhece que muitos já foram afetados pela tragédia do aborto. Desafia-se a cada congregação local e a cada cristão a oferecer a mensagem do perdão de Deus a cada pessoa que já experimentou o aborto. As nossas congregações locais devem ser comunidades de esperança e redenção para todos os que sofrem dores físicas, emocionais e espirituais consequentes da interrupção voluntária de uma gravidez. (Romanos 3.22 24; Gálatas 6.1)
Engenharia e Terapia Genética
A Igreja do Nazareno apoia o uso de engenharia genética para alcançar a terapia genética. Reconhecemos que a terapia genética pode levar à prevenção e cura de doenças, desordens mentais e anatômicas. Opomo-nos a qualquer uso de engenharia genética que promova injustiça social, despreza a dignidade da pessoa ou tenta alcançar superioridade racial, intelectual ou social sobre outros (Eugênico). Opomonos à iniciação de estudos do DNA cujo resultado possa encorajar ou apoiar o aborto humano como uma alternativa para interrupção da vida antes do nascimento. Em todos os casos, humildade, respeito pela inviolabilidade da dignidade da vida humana, igualdade humana diante de Deus e compromisso com a misericórdia e justiça devem governar a engenharia e a terapia genética. (Miqueias 6.8)
Pesquisa de Células Estaminais (Células Tronco)
Pesquisa de Células Estaminais (Células Tronco) em Embriões Humanos e Outras Diligências Médico/Científicas que Destroem a Vida Humana após a Concepção. A Igreja do Nazareno encoraja fortemente à comunidade científica para prosseguir agressivamente os avanços na tecnologia de células estaminais (células tronco) obtidas a partir de fontes tais como tecidos humanos adultos, placenta, sangue do cordão umbilical, fontes animais e outras fontes embrionárias não humanas. Isto tem como fim correto a tentativa de trazer saúde para muitos, sem se violar a santidade da vida humana. A nossa posição sobre a pesquisa de células estaminais (células tronco) em embriões humanos surge a partir da nossa afirmação que o embrião humano é uma pessoa feita à imagem de Deus. Por isso, opomo-nos ao uso de células estaminais (células tronco) produzidas a partir de embriões humanos para pesquisa, intervenções terapêuticas ou qualquer outro propósito. À medida que avanços científicos disponibilizam novas tecnologias, nós apoiamos fortemente esta pesquisa quando ela não viola a santidade da vida humana ou qualquer outra lei moral ou bíblica. Contudo, opomonos à destruição do embrião humano para qualquer propósito e qualquer tipo de pesquisa que tira a vida de um ser humano após a concepção. Coerente com este ponto de vista, opomonos ao uso, para qualquer propósito, de tecidos derivados de fetos humanos abortados.
Clonagem Humana
Opomo-nos à clonagem do ser humano individual. A humanidade é valorizada por Deus, que nos criou à sua imagem e a clonagem de um ser humano individual trata este ser como um objeto, negando desta forma a dignidade pessoal e o valor que nos são conferidos pelo Criador. (Gênesis 1.27)
Eutanásia (Incluindo Suicídio Medicamente Assistido).
Acreditamos que eutanásia (fim intencional da vida de uma pessoa com doença terminal ou alguém portadora de uma doença degenerativa e incurável que não é ameaça de vida imediata, com o propósito de por fim ao sofrimento) é incompatível com a fé cristã. Isto aplica-se quando a eutanásia é requerida ou consentida pela pessoa com doença terminal (eutanásia voluntária) ou quando a pessoa terminalmente doente não está mentalmente capacitada para dar o seu consentimento (eutanásia involuntária). Acreditamos que a rejeição histórica da eutanásia pela igreja cristã é confirmada pelas convicções cristãs derivadas da Bíblia e que são centrais à confissão de fé da Igreja em Jesus Cristo como Senhor. A eutanásia viola a confiança cristã em Deus como Senhor soberano da vida ao reivindicar o senhorio da pessoa sobre si mesma; viola o nosso (I Coríntios 6.9-11).
Homossexualidade
Qual a posição da nossa igreja em relação ao homossexualismo?
A posição da Igreja do Nazareno é articulada na declaração sobre a “Sexualidade Humana” no Manual e na declaração oficial da Junta dos Superintendentes Gerais.
Sexualidade Humana: Manual da Igreja do Nazareno. 37.
A Igreja do Nazareno vê a sexualidade humana como uma expressão da santidade e da beleza que Deus o Criador pretendeu para a Sua criação. É uma das vias pelas quais é selada e expressa a aliança entre um marido e esposa. Os cristãos devem compreender que no casamento a sexualidade humana pode ser santificada por Deus. A sexualidade humana só alcança realização como um sinal de amor compreensivo e de lealdade. Maridos e esposas cristãos devem ver a sexualidade como parte do seu compromisso muito mais vasto, feito um ao outro e a Cristo de quem se extrai o significado da vida.
O lar cristão deve servir de lugar no qual se ensina às crianças o caráter sagrado da sexualidade humana, e para lhes mostrar como o seu significado se realiza no contexto de amor, fidelidade e paciência.
Os nossos ministros e educadores cristãos afirmam claramente o conceito cristão da sexualidade humana, urgindo os cristãos a celebrarem a sua devida excelência e a rigorosa guarda contra o que a possa trair ou distorcer.
A sexualidade perde o seu propósito quando tratada como um fim em si própria, ou quando barateada pelo uso de uma outra pessoa para satisfazer interesses sexuais pornográficos ou perversos. Consideramos todas as formas da sexualidade humana que ocorrem fora do pacto do casamento heterossexual como distorção pecaminosa da santidade e da beleza que Deus quis ver nela.
O homossexualismo é uma das formas pelas quais se perverte a sexualidade humana. Reconhecemos a profundidade da perversão que leva a atos de homossexualismo, mas afirmamos a posição bíblica de que tais atos são pecaminosos e sujeitos à ira de Deus. Cremos que a graça de Deus é suficiente para subjugar a prática do homossexualismo (1 Coríntios 6:9-11). Deploramos qualquer ação ou declaração que pareça implicar compatibilidade entre a moralidade cristã e a prática do homossexualismo. Urgimos que haja pregação e ensinos claros respeitantes aos princípios bíblicos quanto à moralidade sexual. (1 Timóteo 1:8-10)
2005-2009 Manual da Igreja do Nazareno
Declaração Oficial: A Igreja do Nazareno crê que cada homem e mulher deve ser tratado com dignidade, graça e amor santo, seja qual for a sua tendência sexual. No entanto, continuamos a manter firme a nossa posição de que a prática do homossexualismo é pecado e é contrária aos ensinamentos bíblicos.
Queremos ainda reafirmar nossa chamada aos nazarenos à volta do mundo, a se re-dedicarem à uma vida de santidade caracterizada pelo amor santo e expressa por meio de um viver rigoroso e consistente de pureza sexual. Mantemo-nos firmes na crença de que o conceito bíblico do casamento, sempre entre um homem e uma mulher, num relacionamento de compromisso permanente, é o único relacionamento no qual o dom da intimidade sexual é corretamente exprimido.
– Junta de Superintendentes Gerais
Mordomia Cristã Significado de Mordomia.
Ensinam as Escrituras que Deus é Dono de todas as pessoas e de todas as coisas. Nós, portanto, somos Seus mordomos, tanto da vida como das possessões. Cabe-nos reconhecer que Deus é Dono e nós mordomos, e que todos seremos pessoalmente responsáveis perante Deus pelo desempenho da nossa mordomia. Deus, como um Deus de sistema e ordem em todas as Suas relações, estabeleceu um sistema de contribuições que reconhece o seu senhorio sobre todos os recursos e relacionamentos humanos. Por esta razão, todos os Seus filhos devem trazer seus dízimos e ofertas para o sustento do evangelho. (140) (Malaquias 3.8-12; Mateus 6.24 34; 25.31-46; Marcos 10.17-31; Lucas 12.13-24; 19.11-27; João 15.1-17; Romanos 12.1-13; 1 Coríntios 9.7- 14; 2 Coríntios 8.1-15; 9.6-15; 1 Timóteo 6.6-19; Hebreus 7.8; Tiago 1.27; 1 João 3.16-18)
Dízimos à Casa do Tesouro. O costume de trazer o dízimo à Casa do Tesouro é bíblico e procedimento regular e prático de entregar o dízimo na igreja de que se é membro. Assim, o financiamento da igreja deve basear-se no plano de trazer o dízimo à Casa do Tesouro, e a Igreja do Nazareno local deve ser considerada pelo seu povo como essa Casa do Tesouro. Todos quantos fazem parte da Igreja do Nazareno são exortados a contribuir fielmente com um décimo de todos os seus proventos, como sua obrigação financeira mínima para com o Senhor, e com ofertas voluntárias adicionais, consoante as posses que Deus der, para o sustento de toda a igreja local, distrital, educacional e geral. O dízimo, providenciado para a Igreja do Nazareno local, deve ser considerado uma prioridade sobre todas as outras oportunidades de dar, as quais Deus pode colocar sobre os corações de Seus fiéis mordomos, para o apoio de toda a igreja.
Arrecadação e Distribuição de Fundos.
Dado o ensino bíblico quanto à contribuição de dízimos e ofertas para o sustento do evangelho e para construção de edifícios da igreja, nenhuma congregação nazarena deve usar qualquer método para a arrecadação de fundos que menospreze estes princípios, estorve a mensagem do evangelho, manche o nome da igreja, descrimine os pobres ou canalize erroneamente as energias do nosso povo em vez de dedica-las totalmente à disseminação do Evangelho. Admoestamos as igrejas locais a que no gasto de fundos para satisfazer as despesas relativas aos programas local, distrital, educacional e geral da Igreja do Nazareno, adotem e ponham em prática um sistema de cotas financeiras e a que usem o método de pagar mensalmente as suas contribuições gerais, educacionais e distritais. (130, 154, 155-155.2, 413.21)
Sustento do Ministério.
“Assim, ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Coríntios 9.14). A igreja tem o dever de sustentar seus ministros, os quais foram chamados por Deus e, sob a direção da igreja, se entregaram inteiramente ao ministério. Exortamos, portanto, que os membros da igreja se dediquem voluntariamente à tarefa de sustentar o ministério, mediante ofertas semanais, para este santo negócio, e que o salário do pastor seja pago com regularidade. (115.4, 131.3)
Doação.
No cumprimento da mordomia cristã é essencial que se dê atenção cuidadosa ao que fica dos rendimentos e posses das quais o Senhor fez mordomo o cristão, no curso desta vida. A Igreja do Nazareno, reconhecendo a necessidade de uma mordomia fiel nesta vida e a visão dada por Deus para deixar um legado para o futuro, estabeleceu a Fundação da Igreja do Nazareno, para melhorar a mordomia cristã através da doação. Frequentemente a lei civil não inclui provisões para que os bens deixados por alguém, ao morrer, sejam distribuídos para a glória de Deus. Cada cristão deve dar atenção ao preparo de seu testamento em forma cuidada e legal, e recomendamos que, ao fazê-lo, se lembre da Igreja do Nazareno e seus diversos ministérios – missões, evangelismo, educação e compaixão, em seus níveis local, distrital, educacional e geral.
Distribuição de Quotas.
O governo da Igreja do Nazareno é representativo. Cada congregação local apoia a missão global da igreja como definida pela Assembleia Geral e implementada pela liderança da Junta de Superintendentes Gerais no evangelismo mundial, ensino, apoio ministerial, e ministérios distritais. A Junta de Superintendentes Gerais, em conjunto com a Junta Geral, tem a autoridade e o poder de repartir quotas do Fundo de Evangelismo Mundial entre os diversos distritos de Assembleia. (317.12) Sujeito ao Parágrafo 337.1 do Manual, as Juntas Nacionais e/ou os Conselhos Consultivos Regionais têm a autoridade e o poder de estabelecer planos de poupança para aposentadoria ministerial em suas respectivas Regiões. Um relatório de tais planos será apresentado em conformidade com o parágrafo do Manual 337.2. As provisões do parágrafo 38.5 não se aplicarão à Junta de Pensões e Benefícios dos EUA. As Juntas Nacionais e/ou os Conselhos Consultivos Regionais têm também a autoridade e poder para estabelecer a forma de sustento das instituições de ensino superior na sua Região. (344, 345.3) Cada distrito tem a autoridade e o poder para estabelecer quotas do ministério distrito através do Comitê de Finanças da Assembleia Distrital. (235.1)
Oficiais da Igreja
Exortamos nossas igrejas locais que elejam, como oficiais da igreja, somente pessoas que sejam membros ativos da igreja local, professem ter a experiência da inteira santificação e cujas vidas dêem testemunho público da graça de Deus que nos chama a um viver santo; que estejam em acordo total com as doutrinas, o governo e as práticas da Igreja do Nazareno; e que, fielmente, apoiem a igreja local com assistência regular, seus dízimos e ofertas voluntárias. (113.11, 127, 145-147)
Regras de Ordem Sujeitos às leis aplicáveis, os Artigos de Incorporação e os Regulamentos de governo no Manual, as reuniões e procedimentos dos membros da Igreja do Nazareno, local, distrital e geral, bem como os comitês da corporação, serão regulados e controlados de acordo com Regras Parlamentares de Robert Recentemente Revistas (última edição) para procedimentos parlamentares. (113, 203, 300.3)
Emenda do Pacto de Conduta Cristã As provisões do Pacto de Conduta Cristã podem ser rejeitadas ou emendadas por um voto de dois terços dos membros presentes e votantes de uma dada Assembleia Geral.